Redução da altura implica em menor capacidade de produção de cada potencial, o que significa maior custo de equipamento por kW instalado (aumento do numerador e diminuição do denominador). Entretanto, com reservatórios mínimos o custo de barragem, que corresponde ao maior dispêndio dos empreendimentos hidroelétricos, praticamente deixa de existir. Com isso, o custo do Kwhora fica bastante reduzido como mostra a recente licitação das usinas do Rio Madeira. O único que permanece constante é o custo dos vertedores os quais, necessariamente, devem ser projetados para vazões seculares. Qualquer aumento de altura no sentido do aproveitamento de todo o potencial resulta em maiores custos de barragem e maiores danos ambientais. Não podendo contar com ganhos (sinérgicos) resultantes da integração física, o potencial de cada bacia de rio fica reduzido à soma simples de cada potencial individual, facilmente calculado por inventário. Deste modo, a contribuição que os rios da Amazônia poderiam oferecer — como suprimento de energia ao Sistema Sudeste nos períodos de seca — é muito menor do que se esperava inicialmente. Grosso modo mal daria para duas décadas, com crescimento anual da demanda de 4%. Nesta avaliação, não foram incluídos os investimentos necessários à interligação de usinas e centros de carga separados por distância superior a três mil Km, para os quais não existe tecnologia suficiente em nenhum lugar do mundo.
A nosso ver, a melhor destinação para os potenciais da Amazônia seria a estocagem local dos produtos que a energia pode produzir especialmente as comodities metálicas de alto valor agregado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário