CONTEÚDO NACIONAL
Este é um atavismo de governos nacionalistas, utilizado no passado com grande sucesso no processo de “substituição de importações” do período do “milagre brasileiro”, quando o país crescia a taxas de até 14%. Delfim Neto cunhou a frase “exportar é o que importa”. O Brasil exportava café e importava veículos, petróleo e máquinas. Hoje a situação é completamente distinta. O país tirou grande proveito da cooperação com os países industrializados e com isso industrializou-se (montadoras, máquinas eletromecânicas e manufaturas). Corria na frente dos “tigres asiáticos”.
Hoje o Brasil é um país inserido no contexto globalizado com pauta diversificada de exportações e importações. Não faz mais sentido restringir conteúdo e entrada de novas tecnologias.
Empresas globais, inclusive Petrobras, tendem a utilizar os melhores equipamentos e vai buscá-los onde estiverem, nos mais diversos lugares, para serem mais competitivas, coisa que a Petrobras e Vale vêm fazendo habitualmente: essa é a regra e o sentido da globalização.
“O modelo de partilha para as novas áreas do pré-sal tem impedido a realização de leilões no pré-sal e o pior, criaram um argumento para o governo também não realizar licitações sob o antigo regime de concessão”. Isto elevou a percepção de risco regulatório, agravada pelas exigências de conteúdo local e a crescente interferência governamental na Petrobras.
Sem novas Rodadas de Licitação, as empresas estão impossibilitadas de expandir operações em novas áreas e podem apenas adquirir participação em blocos licitados pertencentes a outras empresas. Este cenário torna os já atraentes blocos offshore brasileiros em ativos mais valorizados ainda. Adicionalmente, empresas associadas à Petrobras estão enfrentando a lentidão da expansão da produção e um cronograma de exploração que não foca investimentos em seus blocos. Junte-se a isto a necessidade de capitalização das empresas privadas, parceiras da Petrobras, devido às suas situações internas e/ou as condições adversas da economia internacional.” (Adriano Pires)
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