domingo, 21 de dezembro de 2014

OPEP ARROXA PETROLEO RUSSO E PRÉ-SAL


Ao se recusar a reduzir sua produção, a Arábia Saudita está simplesmente aniquilando as finanças do governo russo — que ontem teve de disparar sua taxa básica de juros de 10,5% para 17% apenas para conter a forte desvalorização do rublo, consequência direta da queda do preço do petróleo, a principal mercadoria exportada pela Rússia. Ao mesmo tempo, a Arábia Saudita está tornando mais caro e menos rentável a exploração de óleo de xisto nos EUA. No entanto, a menos que o preço do barril WTI caia para menos de US$40 e fique por ali, a atual postura da Arábia Saudita não terá muito efeito sobre a produção de óleo de xisto nos EUA. Já se o preço do WTI cair para US$40 o barril e se mantiver nesse valor, então os sauditas terão as empresas americanas que exploram óleo de xisto sob seu controle. Isso não irá reduzir a produção de óleo de xisto, mas irá gerar algumas falências. Os atuais investidores perderão dinheiro, mas outros irão comprar suas propriedades. Se há petróleo para ser extraído, petróleo será extraído. Em fevereiro de 2009, o petróleo WTI chegou a US$37,51. Isso ocorreu no ápice de uma grande recessão. Mas em dezembro daquele ano, o WTI já havia subido para US$80. Não prevejo nenhuma grande recessão ocorrendo no ano que vem. A economia mundial não está robusta, mas também não estamos em 2008. Se o WTI chegar a US$45, isso será uma grande oportunidade para comprar ações de empresas de energia. Meu palpite é que os preços estarão entre US$75 e US$80 daqui a um ano. O pânico que vemos hoje não seria um prenúncio de uma repetição de 2009 no ano que vem.

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