segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

FIM DA ERA DOS GRANDES RESERVATÓRIOS


Construir ou não mais reservatórios não é uma questão objetiva. Primeiro, é preciso que existam locais apropriados que vão se tornando cada vez mais escassos. Não podemos menosprezar o trabalho dos ambientalistas, pois foi graças à ação dos mesmos que se tornou possível a redução do reservatório de Belo Monte para ridículos 516 km² de área alagada, conservando a mesma capacidade instalada. Isto mostra quão pouca importância têm reservatórios de usinas de fio d’água e de foz, como é o caso. “O tempo de o Brasil construir hidrelétricas com grandes reservatórios, como fez durante as décadas de 70 e 80, já passou” (Altino Ventura, secretário do MME). O Lago de Furnas atingiu nas últimas semanas o nível mais baixo dos últimos dez anos. O volume de água atingiu 755 metros acima do mar, ou seja ficou abaixo da cota 762 – nível mínimo que garante as atividades do turismo e da piscicultura. A Cota 762 foi definida na década passada como forma de proteger as atividades econômicas no entorno do reservatório de Furnas. Na época, a Alago (Associação dos Municípios da Região do Lago de Furnas) conseguiu firmar um pacto com o ONS (Operador Nacional do Sistema) para manter o nível mínimo em 762 metros acima do mar.

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