Agora – depois de 7 meses de térmicas funcionando plenamente – os reservatórios atingiram 2/3 do máximo e já estamos em 3 de junho que é quando deveriam estar iniciando. Mesmo com a permanência de térmicas ligadas pelo ano todo não há mais tempo para enchimento neste verão que está terminando. Chegaremos ao próximo verão com os reservatórios quase vazios.
Isto não é nada “normal”. A situação difere daquela de 2001: apagão seguido de racionamento por falta de energia. Hoje, sobra energia hidroelétrica – segundo o próprio ONS – e existe alternativa térmica, eólica e de biomassa, mas falta chuva para encher os poucos reservatórios. A demanda cresceu e o sistema se tornou mais complexo: precisa haver redundância de linhas para reduzir o risco no transporte de energia distante ou falta gás para acionar termoelétricas. O preço da energia pode ficar mais caro por uns tempos, mas é a melhor maneira de afastar provável racionamento e ingressar em um sistema hidrotérmico com geração distribuída: cada um gerando a sua própria energia. Esta é maneira dos empresários contribuírem com sua parcela.
Assim como ousou rever concessões e reduzir encargos sobre tarifas – uma ação constrangedora para suas próprias empresas – a presidente deveria condicionar a redução a uma contrapartida daquilo que foi um pedido dos próprios empresários (da FIESP), ou seja: a aquisição de térmicas de reserva.
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