O modelo mercantil, apesar de algumas qualidades, acrescenta custos que nada tem a ver com a produção física de energia. A característica marcante na operação do sistema brasileiro é a facilidade de variar a geração das usinas em prol de um objetivo global, qual seja a melhor gestão da reserva. Ao contrário do que se observa em outros sistemas.
O secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, reconheceu que será difícil que novas usinas com reservatórios importantes sejam erguidas nos próximos anos.
“Para se fazer reservatórios é preciso que existam locais físicos que suportem essas estruturas”.
E o pior: “ovos de Colombo”, como a repotenciação e a modernização de hidrelétricas, ainda que totalmente defensáveis, não são processos capazes de garantir o acréscimo anual de 3.300 MW médios de energia que o Ministério de Minas e Energia considera necessário para fazer face às projeções de crescimento econômico para o Brasil. Difundir informações de que a implantação desses processos evitaria, por exemplo, a construção das usinas do rio Madeira não tem qualquer cabimento. O mesmo se pode dizer quanto à possibilidade de eólicas serem capazes de evitar a construção de novas hidrelétricas.
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