segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

USINAS DE BULBO COM "LOW PROFILE"


A fim de evidenciar a pouca eficácias do campo gravitacional nos rios da Amazônia tomem o exemplo das usinas de Jupiá e demais a jusante na planície de baixa altitude do Rio Paraná até Sete Quedas. São usinas de pequena altura em torno de 20 metros, lentíssimas, que jamais teriam sido construídas se não fizessem parte do Sistema integrado do Sudeste como um todo. Contaram com reservatórios de montante que, inclusive, aumentaram energia firme produzida por elas. Ora, os rios da Amazônia também se situam em planície de baixa altitude e as alturas foram intencionalmente reduzidas para não alagar áreas inutilmente. Entretanto, não podem contar com nenhum reservatório de acumulação a montante, portanto, não ganharão sinergia de um campo gravitacional que é esparsamente integrado e ineficaz. O expediente da utilização de turbina de bulbo não altera o custo do equipamento: apenas substitui a solução tradicional de enormes geradores por pequenas unidades em maior número. Diante da impossibilidade de ter reservatório de acumulação a altura poderá ser até inferior ao desnível natural. De qualquer forma, mesmo turbinas de bulbo serão lentíssimas e de custo elevado devido a baixa velocidade de escoamento dos rios amazônicos. Se for seguido o mesmo critério das usinas do Rio Madeira no que respeita superfície de alagamento, o inventário dos potenciais individuais revelará um potencial total aquém do esperado, o que não justifica o dispêndio de capital em linhas de transmissão que se tornará ocioso em tão pouco tempo.

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