O que foi feito até agora nas primeiras usinas (Tucuruí, Madeira, etc.) é uma tentativa de extensão à região amazônica da mesma estratégia bem sucedida no Sistema Elétrico do Sudeste. Mas, o sonho de um sistema único interligado pode não ser atingível. Existem limitações de natureza física e econômica para impedir que os recursos potenciais da Amazônia sejam utilizados em sua plenitude e assim integrados, além daquelas de cunho ambiental que por si só seriam suficientes:
São condições geográficas que determinam o fraco desempenho dos grandes potenciais da região amazônica, tanto do ponto de vista ambiental como econômico. Pequenos desníveis criados para geração de energia elétrica implicam em grandes reservatórios, dispendiosos e agressivos ao meio ambiente. Do ponto de vista econômico, a transformação se opera em regime de baixas velocidades, o que implica maior custo dos equipamentos, turbina e gerador e maiores custos de barragens e reservatórios.
–*Interessante observar que a interligação por si só não produz “ganhos sinérgicos”. A interligação apenas troca energia elétrica de bacias não ligadas fisicamente: uma bacia complementando a outra. Só a ligação física permite a troca de energia potencial – que é anterior a elétrica – dentro da mesma bacia, aumentando a capacidade das usinas de jusante no “caminho” da corrente até a foz. É um “armazenamento virtual” de por usina distante sujeito a riscos que encarecem a o transporte por longas distâncias.
A energia elétrica deve ser consumida no instante da produção, sendo esta sua principal característica. É a demanda que determina a produção. Se, por qualquer motivo, esta energia elétrica não estiver disponível por acidente do clima, como raios, furacões e tempestade, o reservatório não terá condições de suprir a parte da demanda correspondente e o sistema entra em colapso.
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