GRANDES EMPRESAS

RESULTADOS DUVIDOSOS

Quem diria! Visões iguais em tempos distintos. Tudo parece conspirar para o retorno triunfal dos grandes empreendimentos hidroelétricos e nucleares. Menos para ambientalista e cientistas.
Não é mera coincidência que as maiores hidroelétricas do mundo sejam iniciativas de governos autoritários e populistas, justamente aqueles condenados no passado, inclusive pelo governo atual, um dos seus maiores críticos. No entanto incide no mesmo erro da concentração de energia e riscos operativos, ignorando a posição de cientistas renomados como o professor Goldemberg. A comparação de Belo Monte com as grandes usinas é ridícula: todas são igualmente perniciosas: Brasil e China no meio.


Pressionados por ambientalistas os técnicos acabaram – por tentativa e erro – descobrindo o óbvio: o baixo custo das usinas sem reservatórios, justamente os componentes de maior custo de empreendimentos hidroelétricos. Coisa que os cientistas estavam cansados de saber.
Descobriram tambem que usinas de fluxo de água (turbinas de bulbo) e usinas eólicas poderiam ser complementares de sistemas prontos e estabelecidos, independente do custo maior do equipamento propriamente dito, justamente por dispensar o complexo e arriscado sistema de transmissão em alta tensão, independente do custo maior do equipamento propriamente dito.
Este é o caso especial das usinas eólicas próximas e complementares do Sistema Nordeste e das usinas de bulbo de pequenas dimensões, complementares de termoelétricas a gás de baixo custo.

Desculpe a insistência: Não se trata de comparar isoladamente usinas eólicas e usinas hidroelétricas, independente do contexto global do sistema em que estão inseridas. A turbina eólica é um equipamento, tanto quanto a turbina de bulbo que pode ser acrescentado em algum lugar do sistema para tornar o custo global menor, independente do custo próprio.

FUGINDO AO CONTROLE

Não é a toa que os donos de estabelecimentos sejam “incentivados” a instalar geradores de reserva, o que é uma evidência da necessidade de térmicas complementares nos períodos de pico de demanda, ou seja: o privado se antecipando em relação ao público. Só que deveriam seguir o procedimento do hospital da minha cidade e mantê-los ligados o tempo todo, deixando a concessionária de reserva: sai mais em conta.
Hospitais não podem prescindir de geradores próprios em face dos constantes apagões. Outros estabelecimentos de uso público tambem já perceberam que não podem dispensar geradores próprios bem como os sistemas de aquecimento solar e refrigeração, sobretudo porque o custo de permanecer ligado é menor do que o valor cobrado pela tarifa da concessionária.
A ANEEL não tem como impedir este tipo de informalidade que acabará sendo seguido por outros usuários.