1º Ato: (DES) CAPITALIZAÇÃO DA PETROBRAS
Apesar de ser um erro realizar a capitalização no dia 30 de setembro, como afirma Adriano Pires, o governo poderia fazê-lo, para surpresa de muitos.
Uma vez configurada a vitória no 1º turno — antes mesmo que termine o prazo de 30 de setembro — o presidente pode causar surpreza: aceita um acordo bem próximo da avaliação da petrobras para evitar perdas maiores das ações da Petrobras, diante da desconfiança de investidores de maior estatização da Petrobras.
Já pode desvencilhar das incômodas companhias ideológicas e direcionar sua pupila para evitar maiores devaneios. O que mais deseja é vingar de FHC pelo sucesso alcançado na privatização em 1998 e realizar o feito de ter uma empresa multinacional com cobertura do estado, como operadora única nos novos campos do pré-sal.
O que interessa no momento é a empreza receber dinheiro vivo de acionistas para acelerar a produção de petróleo e gas de áreas já delimitadas.
Uma vez consumado o efeito eleitoral e garantida a eleição no 1º turno, o governo já pode — mesmo antes de 30 de setembro — fechar acordo com a Petrobras em torno do valor que será utilizado na cessão onerosa dos 5 bilhões de barris, cujo preço poderá será “negociado” no entorno de 6 dólares o barril. Mais uma bandeira roubada da oposição que não soube defendê-la publicamente.
O presidente não hesitaria em em fazer acordo — mesmo a custa do contribuinte — porque sabe perfeitamente que precisará da participação do capital extrangeiro para levar a cabo a difícil empreitada da exploração do Pre-sal. Sabe que a Petrobras não tem recurso suficiente para iniciar a exploração de áreas ja perfeitamente delimitadas e seguras.
Ao conceder privilégio aos acionistas privados — à custa do contribuinte — o presidente está seguro de atrair capitais do mundo todo para exploração de áreas já delimitadas. Em áreas ainda não licitadas do pré-sal tem amplas condições de manobra na condição de operadora única (mínimo de 30%), cuja exploração menos interessante nada impede que seja entregue a outras empresas.
A Petrobras, que já é uma empresa multinacional acima do estado, tem a propriedade singular de ser tambem estatal. Apesar de minoritário no cômputo geral, o estado controla a empresa pela maioria de ações com direito a voto. Se a empresa se capitalizar a união (nós) vai ter aportar recursos para manter ao menos a condição de controlador.
Para a Petrobras não poderia ser melhor: uma empresa (que já é) multinacional, acima do estado, controlada pelo estado com poder de associar ou delegar a outras empresas multinacionais campos menos interessantes do futuro Pré-sal.
Ao fazer isso nos últimos três meses de governo, o presidente estaria delimitando os primeiros passos de sua pupila contra possíveis devaneios, bem como se vingando de FHC pelo grande sucesso alcançado na privatização da Petrobras em 1998. É tudo que o presidente poderia almejar:
“administrar uma empresa multinacional garantida pelo estado, como as chinesas, com um mínimo de participação acionaria com poder de voto (32.7%)”.
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