Ópera bufa em 3 atos.
ABERTURA
Ninguem mais que pense seriamente sobre o assunto acredita no retorno da Petrobras às mãos de políticos inexperientes e velhos gagás que já perderam o contato com a vida moderna. Configurada a vitória, Lula e Dilma já devem estar pensando em como se livrar das incômodas “cracas” aderentes ao casco do grande navio.
O presidente, inteligente como é, Já poderia se desvencilhar das incômodas companhias ideológicas e direcionar sua pupila para evitar maiores devaneios. O que mais deseja é vingar de FHC pelo sucesso alcançado na privatização em 1998 e realizar o feito de ter uma empresa multinacional, acima do estado, com cobertura do estado, como operadora única nos novos campos do pré-sal: quer ser “mais realista que o próprio rei”.
O que interessa no momento é a empreza receber dinheiro vivo de acionistas para acelerar a produção de petróleo e gas de áreas já delimitadas.
Uma vez consumado o efeito eleitoral e garantida a eleição no 1º turno, o governo já poderia — mesmo antes de 30 de setembro — fechar acordo com a Petrobras em torno do valor que será utilizado na cessão onerosa dos 5 bilhões de barris, cujo preço poderá será “negociado” no entorno de 6 dólares o barril. Mais uma bandeira roubada da oposição que não soube defendê-la publicamente.
Mas, o presidente não é nenhum ser ideológico. Antes de tudo é um “caudilho sindicalista”, forjado nas lutas trabalhistas da indústria automotiva, como força auxiliar da transição, de maneira semelhante aos seus colegas americanos, que jamais puseram em cheque a verdadeira empresa capitalista.
Mas, prevalece o interesse de vencer as eleições e o velho instinto pragmático de “Robin Wood”, protetor dos pobres e oprimidos, cujos interesses tem por meta defender. Vai re-estatizar empresas privatizadas (Petrobras, Eletrobrás, Telebrás), como tem prometido, porque é delas que vem os impostos necessários à distribuição (forçada) de renda é nelas que estarão os cargos a serem preenchido pela “cupinchada”.
* Quem quer, vai. Quem não quer, manda. O presidente não faz questão de um preço menor, em torno de 6 US$/barril, mas não quer desagradar nacionalistas declarando isso. O sucesso eleitoral está garantido, mas o fiasco do lançamento permanece. Tem pressa na capitalização para evitar o desgaste com a queda das ações da Petrobras no mercado que hoje, atingiram mais de 4% e já deve passar de 30% desde janeiro,
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