quinta-feira, 9 de setembro de 2010

BRINCANDO.....CAPITALIZAÇÃO DA PETROBRAS

2º Ato: CAPITALIZAÇÃO DA PETROBRAS

O Brasil não é nenhuma empresa imobiliária que precise ter a posse de seus recursos naturais. Já os tem tem em abundância, cuja posse é consagrada pela constitucão.
“O mercado de petróleo e a própria Petrobras já são suficientemente atraentes para a captação de recursos privados, não sendo necessário o governo capitalizar a empresa com recursos públicos. Melhor seria utilizar os instrumentos tradicionais do mercado de capitais para que a população venha a investir na Petrobras” (Adriano Pires).
A capitalização da Petrobras é uma operação financeira normal no mercado, mas fica mais atraente ainda se contar com a proteção do estado. Especialmente recursos públicos, em particular de recurso privado administrado pelo estado, do qual os trabalhadores são credores (FGTS) e fundos de pensão dos próprios trabalhadores da Petrobras, da Caixa Econômica e Banco do Brasil.
Se aceitasse o valor calculado pela Petrobras o objetivo de capitalizar seria facilmente alcançado com um ligeiro aumento do controle acionario, mas poderia ocorrer diminuição da participação, dependendo do apetite demais acionistas. Ora, é burrice aumentar a participação em uma empresa da qual a união já tem controle acionário. Basta mantê-lo. Quanto maior o valor da reserva menor a entrada em dinheiro por parte dos demais acionistas para completar o teto de 87 bilhões.
Em um mundo paralizado pela crise, o Brasil é o 3º mercado mais atrativo para investimentos dos PI e emergentes. As grandes reservas de petróleo estão nas mãos de empresas estatais em sua maioria se encontram nos dos países pobres. Empresas de petróleo ha muito estão em decadência nos países industrializados que não mais se interesam pela exploração de petróleo, coisa de país atrasado. O que mais lhes interessa é o fornecimento de tecnologia para exploração.
Países emergentes têm interesse em participar para garantir suprimento. A China, por exemplo, já adiantou 10 bilhões de dólares em empréstimo à Petrobras, garantido por contratos de fornecimento futuro de petróleo.
Durante muitos anos a Petrobras nunca atingiu o propósito para o qual foi criada. Quando o país mais necessitava de petróleo — para ter uma matriz energética diversificada — a Petrobras administrava o monopólio como empresa distribuidora de combustíveis refinados internamente, único exemplo no mundo de empresa monopolista de um produto importado. Só foi atingir a auto-suficiência quando já era uma empresa anciã de quase 50 anos. Externamente foi muito bem sucedida em encontrar petróleo em outros países, associada a outras multinacionais.
Coincidência ou não, não vem ao caso, depois de 1998, com a retirada do monopólio e abertura do capital a Petrobras se transformou numa empresa multinacional de sucesso — conceituada no mundo todo pela sua eficiência — com ações negociadas nas principais bolsas. Foi aí que descobriu o Pré-sal, associada a outras multinacionais.

Com um mínimo de capital imobilizado pela compra das reservas a União já é majoritária. Imobilizar mais capital com reservas supervalorizadas restringe a participação do capital privado em dinheiro.
A Petrobras, como empresa multinacional deseja um valor baixo para as reservas em torno de 30% do limite de 87, estabelecido pela assembléia dos acionistas. Um mínimo de 27 bilhões (~5 US$/barril) já garante maioria. O restante, 60 bilhões, seria o aporte em dinheiro dos demais acionista.
Se quizer manter a participação atual de 40% bastaria o aporte de 35 bilhões ( ~7 US$/barril) . O restante, 52 bilhões, seria o aporte em dinheiro dos demais acionista.

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